Você consegue perceber o que essas pinturas têm em comum?
Digamos que é um elemento estranho, mas, supreendentemente radiante... a mosca. Por que grandes artistas incorporam esses pequenos e interessantes insetos em suas obras de arte? Quando uma mosca zumbe de uma forma tão pitoresca, vale a pena se perguntar o porquê.
Em muitas circunstâncias, moscas são banais. Mas, as elas têm uma longa história na arte ocidental. Datando dos tempos medievais, a aparição do inseto em uma obra de arte era usada para simbolizar a morte ou a podridão da carne e da alma.
Na época, acreditava-se que as moscas se geravam espontaneamente da lama e tinham uma forte afiliação com o Diabo, ou Belzebu, que é descrito como o "Senhor das Moscas". Nas pinturas de vanitas, as moscas frequentemente aparecem ao lado de uma caveira, um lembrete da impermanência do corpo físico e da inevitabilidade da morte. Retratadas zumbindo ao redor de uma mulher, as moscas indicam lascívia e impropriedade. E perto de um nobre ou clérigo, acredita-se que o inseto tenha implicado corrupção e falsidade.
Alguns historiadores da arte argumentaram que os artistas incluíam moscas menos por seu significado simbólico do que como um significante dos talentos dos próprios artistas — e com razão. As moscas frequentemente aparecem como um recurso trompe-l'oeil (“enganar o olho”) nas margens de manuscritos medievais e em molduras de pinturas. Eles podiam pintar uma mosca de uma maneira que parecia tão real, que o observador do retrato ficaria tentando espantar a mosca. O pintor italiano do século XVI, Giorgio Vasari, biógrafo de artistas renascentistas italianos, conta uma história sobre o pintor Giotto enganando seu professor Cimabue ao adicionar uma mosca de aparência realista a uma pintura.
Com o tempo, o significado das moscas inevitavelmente variou de pintura para pintura. Agora, você pode decidir quais interpretações você acha que se encaixam nas pinturas com moscas da história da arte.
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As fontes usadas para este post vêm de Artnet, traduzido para o português.
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